quinta-feira, 15 de julho de 2010

Literatura : O símbolo perdido

Depois de ter sobrevivido a uma explosão no Vaticano e a uma caçada humana em Paris, Robert Langdon está de volta com seus conhecimentos de simbologia e sua habilidade para solucionar problemas. Em 'O Símbolo Perdido', o professor de Harvard é convidado às pressas por seu amigo e mentor Peter Solomon - eminente maçom e filantropo - a dar uma palestra no Capitólio dos Estados Unidos. Ao chegar lá, descobre que caiu numa armadilha. Não há palestra nenhuma, Solomon está desaparecido e, ao que tudo indica, correndo grande perigo. Mal'akh, o sequestrador, acredita que os fundadores de Washington, a maioria deles mestres maçons, esconderam na cidade um tesouro capaz de dar poderes sobre-humanos a quem o encontrasse. E está convencido de que Langdon é a única pessoa que pode localizá-lo. Vendo que essa é sua única chance de salvar Solomon, o simbologista se lança numa corrida alucinada pelos principais pontos da capital americana - o Capitólio, a Biblioteca do Congresso, a Catedral Nacional e o Centro de Apoio dos Museus Smithsonian. Neste labirinto de verdades ocultas, códigos maçônicos e símbolos escondidos, Langdon conta com a ajuda de Katherine, irmã de Peter e renomada cientista que investiga o poder que a mente humana tem de influenciar o mundo físico. O tempo está contra eles. E muitas outras pessoas parecem envolvidas nesta trama que ameaça a segurança nacional, entre elas Inoue Sato, autoridade máxima do Escritório de Segurança da CIA, e Warren Bellamy, responsável pela administração do Capitólio. Como Langdon já aprendeu em suas outras aventuras, quando se trata de segredos e poder, nunca se pode dizer ao certo de que lado cada um está.

Por Yuri Capistrano

Artes : Rosa e Azul

O quadro "As Meninas Cahen d'Anvers" (conhecido como "Rosa e Azul"), pintado por Renoir em 1881 foi encomendado pelo banqueiro Louis Raphael Cahen d'Anvers, pai das meninas que aparecem no quadro - Alice e Elisabeth Cahen d'Anvers. A família do banqueiro não gostou do resultado e o quadro ficou esquecido, escondido em um lugar qualquer obscuro da casa e só muitos anos depois foi redescoberto. A obra pertence ao acervo do Museu de Arte de São Paulo (MASP) desde que foi adquirida por Assis Chateaubriand (fundador do Museu). Este quadro tem sido fonte de muita inspiração para o público e para outros pintores. O pintor Washington Maguetas e o quadrinista Maurício de Souza já fizeram suas interpretações artísticas desta grande obra (ver imagens abaixo).

"Renoir, pintando Rosa e Azul, mostra na vibração da superfície e das cores vivas que compõem os vestidos das meninas toda a vivacidade e a graça instintivamente feminina que se esconde atrás da convenção da pose, todo o frescor e a candura da infância. As meninas quase se materializam diante de observador, a de azul com o seu ar vaidoso e a de rosa com um certo enfado, quase beirando as lágrimas."

Por Yuri Capistrano

Literatura : Poema Círculo Vicioso de Machado de Assis


Bailando no ar, gemia inquieto vaga-lume:
- Quem me dera que fosse aquela loura estrela,
que arde no eterno azul, como uma eterna vela !
Mas a estrela, fitando a lua, com ciúme:

- Pudesse eu copiar o transparente lume,
que, da grega coluna á gótica janela,
contemplou, suspirosa, a fronte amada e bela !
Mas a lua, fitando o sol, com azedume:

- Misera ! tivesse eu aquela enorme, aquela
claridade imortal, que toda a luz resume !
Mas o sol, inclinando a rutila capela:

- Pesa-me esta brilhante aureola de nume...
Enfara-me esta azul e desmedida umbela...
Porque não nasci eu um simples vaga-lume?

Por Alexandre Maia

Atualidades : Quadro de Portinari é furtado de museu em Pernambuco

O quadro "Enterro", do pintor Cândido Portinari, foi furtado do acervo do Museu de Arte Contemporânea (MAC) de Pernambuco, em Olinda (PE). A ausência da peça foi percebida nesta quarta-feira (14), mas a Polícia Civil ainda vai investigar quando a peça teria sido levada do museu.

De acordo com Célia Labanca, diretora do museu, o quadro é de 1959 e faz parte da chamada Série Azul do artista. O valor estimado da obra fica entre R$ 800 mil e R$ 1,2 milhão.

A peça mede 23 centímetros por 33 centímetros e foi pintada em óleo sobre madeira. A obra e outras cinco peças de Portinari faziam parte da coleção de Assis Chateaubriand, que deu origem ao museu, em 1966.

Célia informou que os funcionários perceberam o crime na hora de fechar o museu, quando viram que uma moldura sem tela tinha sido colocada atrás de uma janela. O museu não tem circuito interno de câmeras e conta com apenas dois vigilantes para o período de visitação. Na última quarta-feira, 13 pessoas assinaram o livro de visitas do museu.

Agentes da Delegacia de Roubos e Furtos e do Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri) assumiram o caso, mas a Polícia Federal (PF) e a Polícia Internacional (Interpol) também foram avisadas sobre o furto da obra. O museu está fechado para o trabalho de peritos do Instituto de Criminalística (IC).

A Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), responsável pela administração do museu, informou que peritos do Instituto Tavares Buril estiveram no local para coletar possíveis provas do crime.


Por Alexandre Maia

Artes: Consolidação da Modernidade em Belo Horizonte


A exposição "Consolidação da Modernidade em Belo Horizonte ", é o quarto módulo de um projeto "BH - Um Século de História das Artes Plásticas", trata da produção artística na cidade nos anos 40 e 50, focalizando a construção da Pampulha, o ensino de arte de Guignard e a performance se seus ex-alunos.Este módulo tem a curadoria da pesquisadora Cristina Ávila e em exposição inédita, o público poderá apreciar obras originais das duas décadas abordadas. São pinturas do Mestre Guignard, originais de Álvaro Apocalypse, Amílcar de Castro, Arlinda Corrêa Lima, Bax, Chamina, Edith Behring, Estevão, Farnese Andrade, Maria Helena Andrés, Yara Tupinambá entre outros.

Por Danielle Freitas

Atualidades: Veja como organizar sua rotina de estudos para se preparar para o Enem 2010

A quatro meses do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2010, os estudantes que querem se preparar melhor para o exame devem organizar um cronograma de estudos, separando os horários e os assuntos que devem ser estudados. "É importante que ele se prepare para lidar com a situação de forma eficiente", diz Ana Maria Rossi, presidente da International Stress Management Association no Brasil. A organização na preparação, segundo ela, além de ajudar nos estudos, também dá mais confiança tanto a quem vai fazer o Enem quanto a quem pretende prestar vestibular.

Um cronograma, a compreensão dos pais, metas razoáveis, alimentação saudável, atividades físicas e descanso são elementos que devem fazer parte da vida do jovem que está se preparando para o Enem. "A pessoa tem que ser flexível, se organizar e saber balancear os estudos e as horas de lazer", diz Ana Maria. "[Mas] Não tem uma receita: é uma questão de a pessoa se conhecer, observar o que é bom para ela, em quais momentos ela rende mais", diz.

Cronograma

O cronograma de estudos deve priorizar as matérias em que o estudante vá gastar mais tempo -aquelas em que ele tem mais dificuldade. Segundo o professor Joe Landsberger, que tem um site com dicas de estudos em 35 idiomas, essa é uma boa estratégia: no começo, o candidato estará mais "fresco", com mais energia para a tarefa. No entanto, o estudante ao Enem não deve deixar de estudar nenhuma disciplina, já que todas serão cobradas.

O UOL Educação elaborou um cronograma para ajudar na organização. O modelo traz a divisão dos dias da semana e dos horários e foi baseado em uma planilha feita pelo professor William Douglas, especialista em concursos. No pé da tabela, é possível contar quanto tempo foi gasto em cada atividade.

Uma maneira de definir as prioridades é utilizar o quadro abaixo, baseado em modelo idealizado pelo "guru" de gestão Stephen Covey, mostrado no blog de Roberto Caldeira . De acordo com Covey, nossos afazeres se dividem entre urgentes e importantes. Os urgentes são aqueles que se colocam na nossa frente e para os quais não conseguimos dizer não. Já os importantes são aqueles que realmente fazem diferença. Veja como dividi-los:

UrgenteNão urgente
Importante- Crises / Problemas urgentes / Projetos de curto prazo- Planejamento / Desenvolvimento / Prevenção / Organização
Não importante- Interrupções / Telefonemas particulares / Pequenos problemas- E-mails particulares / Conversas paralelas / Navegar sem rumo na web

Por Anna Luiza

Artes: Arte Roubada



Roubos de obras de arte no Brasil têm chamado cada vez mais a atenção, ao revelar a fragilidade do sistema de segurança que deveria proteger trabalhos de altíssimo valor. Mas afinal: há seguro e registros para as peças? Como funciona o mercado de artes? Os roubos são de fato encomendados por colecionadores obcecados? Para entender essas e outras questões relacionadas ao assunto, confira o texto a seguir, com esclarecimentos do consultor de arte e leiloeiro James Lisboa.

1. Como saber a origem de uma obra de arte que eu estou comprando?

As galerias devem informar a origem das peças que ofertam. Daí, a importância de procurar as casas renomadas do ramo. No caso de leilões, em geral os eventos de grande porte possuem um catálogo detalhado com o histórico de todas as obras que serão postas à venda. O fato de esses documentos serem públicos e circularem livremente dá mais credibilidade e lisura aos leilões.


2. Existe algum documento específico que garanta a autenticidade das peças?

Algumas galerias e leiloeiros fornecem um documento de garantia da obra, mas isso não é obrigatório.


3. Há obras sem documento?

Sim, o mercado de artes é um nicho em que os negócios ainda se apoiam na confiança entre as partes. Por isso, o interessado em adquirir uma peça deve procurar se informar sobre o local onde irá adquirir as obras. Isso é fundamental.


4. Como são feitos os registros das obras? Que órgãos ou pessoas estão aptas a emitir esses documentos?

Em geral, os certificados são emitidos por peritos em artes ou pessoas ligadas a instituições que se responsabilizam por zelar pelo acervo dos artistas. No Brasil, é o caso da Fundação Portinari, que emite todos os laudos de obras atribuídas a Cândido Portinari. O mesmo acontece com outros autores, no Brasil e o mundo.


5. Existem obras que não podem ser vendidas?

Sim, mas todas elas pertencem a museus ou são patrimônios públicos. As peças pertencentes a pessoas físicas ou instituições particulares podem ser comercializados normalmente.


6. Como funciona o seguro das obras de arte?

No Brasil, as empresas só fazem o seguro quando a obra de arte é fixa, ou seja, não irá sair do imóvel do proprietário. Caso a peça seja roubada e a seguradora for acionada, ela irá pagar o prêmio ao proprietário; se o item for recuperado, se torna propriedade da seguradora. Se o dono não acionar o seguro e a obra recuperada estiver danificada, cabe ao proprietário pedir o prêmio à seguradora e, em troca, entregar a peça danificada.


7. É verdade que parte dos roubos realmente ocorre por encomenda de colecionadores obcecados?

Essa informação é veiculada a cada roubo de obra relevante, mas as investigações não confirmam a suspeita. Segundo um estudioso do assunto, o americano Noah Charney, autor do livro O Ladrão de Arte, o colecionador excêntrico que comissiona um roubo para seu deleite pertence ao mundo da ficção. Após o crime, de acordo com Charney, as peças seguem para o mercado negro internacional, a exemplo do que aconteceu com uma tela Matisse, que poucos dias depois de ser roubada do Museu Chácara do Céu, no Rio de Janeiro, apareceu em um site de bielo-russo de leilões virtuais. As provas reunidas pela polícia durante as investigações dos roubos do museu carioca, do Masp e da Pinacoteca indicam que havia alguém acima dos assaltantes e que os roubos foram encomendados, mas não há informações se as encomendas seriam para o mercado paralelo ou para colecionadores.


8. Como é feita a avaliação do valor de uma obra de arte?

Vários fatores influenciam o valor de uma obra de arte, como o artista que assinou o trabalho, as dimensões da peça e a técnica empregada (óleo sobre tela, técnica mista, aquarela, entre outras). Outro ponto importante é o estado de conservação da obra: a pessoa que a avalia confere se o trabalho já passou por restauração e se todos os seus detalhes mantêm-se originais - o que valoriza a peça.


9. O mercado de obras de arte é considerado uma boa opção de investimento?

O interessado em investir no mercado deve visitar muitas instituições, galerias e leilões antes de adquirir uma obra de artista. Quanto ao retorno financeiro, o consultor de arte e leiloeiro James Lisboa alerta: "Trata-se de um investimento a longo prazo. O ideal é, após a compra de determinada obra, esperar cerca de cinco anos para revendê-la".



10. Como faço para entrar no mercado de obras arte?

A pessoa interessada em entrar nesse mercado deverá se informar a respeito das obras que deseja adquirir. Depois, basta acompanhar os informes de galerias e casas leiloeiras para saber o que estará à venda e quando. Os leiloeiros são obrigados a anunciar os pregões em jornais e revistas de grande circulação. Uma vez conhecidos os pontos de venda e os produtos, basta frequentar os leilões e adquirir peças.



11. Os leilões são abertos para o público em geral ou restritos a convidados?

Por lei, todo leilão é aberto a qualquer pessoa - ele é público. A única restrição que o leiloeiro pode impor é obrigar os frequentadores de um evento a preencher um pré-cadastro com informações como nome, endereço e garantias bancárias. O objetivo é comprovar que aquele interessado poderá de fato honrar a compra que planeja fazer.


Por Anna Luiza